O que é o Balcão do Emigrante?

Este é um erro comumente proferido por pessoas com mais ou menos responsabilidade social e política, seja em canais de televisão, online, ou noutro qualquer local. E não é por isso que deixa de ser menos verdade. A esse número faltam adicionar 5 milhões de portugueses e luso-descendentes que tal como os nossos antepassados partiram para locais desconhecidos e em busca de uma nova jornada. Estes são os heróis de hoje, aqueles cuja coragem não faltou, e que a vontade de conseguir alcançar algo melhor os fez partir para uma aventura com vitórias, porém com percalços, incerteza e sobretudo a tão portuguesa saudade. É para estes que existimos!

Antes de conhecer a nossa missão, uma história tem de ser contada, uma história como tantas outras, uma história de um português residente no estrangeiro. Fernando Graça, um jovem do centro interior do país (mais concretamente do lugar de Ramalheira, da freguesia de Freixianda, no concelho de Ourém), sentiu que estava na altura de partir, de conquistar mais para si e para os seus, e assim o fez na década de 80. Pegou nos pertences que conseguia carregar, despediu-se dos que deixava para trás, e seguiu rumo a França, país que tantos outros acolheu dentro de suas fronteiras.

Nos primeiros tempos a vida não era fácil, mas a vontade de vencer levou-o a singrar como consultor financeiro. Com esforço e dedicação tornou-se uma referência para os portugueses que residiam em França, que devido às dificuldades com a língua, à falta de capacidade negocial e ao desconhecimento do modo de funcionamento, urgiam para melhorar as suas condições. A atenção que agora recebia não vinha apenas dos portugueses que viam a sua saúde financeira melhorada, mas também dos responsáveis da empresa onde estava.

Surgiu então um novo convite, uma mudança para a Suíça como diretor comercial desse país. E assim foi, uma vez mais, preparar as malas para partir rumo a uma nova aventura.

Em terras helvéticas lutou por dotar as comunidades portuguesas de mais conhecimento na área financeira e por proporcionar que estas tivessem as mesmas oportunidades que os restantes residentes no país. Porém, sentia que ainda mais poderia ser feito pelos seus compatriotas. Desse sentimento surgiu a decisão de criar um local, que se viria a chamar Balcão do Emigrante, cujo objetivo fosse apoiar a emigração nas áreas fiscal, financeira e migratória.