12 Junho 2020

Plano de Poupança e Reforma em Portugal

Quando se fala em poupar, já deve ter ouvido falar do Plano de Poupança e Reforma, ou vulgarmente chamado PPR. Para muitas pessoas este é ainda um produto desconhecido e pouco utilizado.

No entanto, esta é uma solução muito interessante em termos de estratégia de poupança de médio e longo prazo, devido á sua rentabilidade histórica ser muito superior à dos tradicionais depósitos bancários, e por isso, achamos importante explicar o que são e como funcionam.

O que é o Plano de Poupança e Reforma (PPR)

Os PPR são produtos financeiros concebidos para promover a poupança no longo prazo. Deste modo, aliam importantes benefícios fiscais a uma flexibilidade na composição e escolha do produto mais adequado aos seus objectivos. Sim, existem benefícios fiscais muito interessantes e que se aplicam, também, a quem está emigrado.

Ou seja, o PPR não é um produto aconselhado para poupanças que podemos precisar amanhã, ou num curto espaço de tempo (apesar de ser possível em determinadas condições). Este tipo de soluções são pensadas para poupanças de médio e longo prazo.

Que diferenças devo ter em atenção num PPR?

Há que distinguir entre os Planos de Poupança e Reforma:

  • subscritos ao balcão dos bancos;
  • companhias de seguros;
  • diretamente nas sociedades gestoras de fundos.

Em função de quem gere o dinheiro investido no PPR, há aspetos diferentes a ter em conta, nomeadamente o grau de independência na gestão do PPR, e como consequência a maior ou menor probabilidade de ter um rendimento maior ou menor.

Uma das primeiras questões que surge quando se fala de PPR é: Existe risco?

Existem diferentes tipos de planos de poupança para a reforma.

É possível escolher produtos com capital e taxa garantida (não aconselhamos) ou investir em produtos que invistam com diferentes tipos de risco nos mercados financeiros. Deste modo, sugerimos que antes de subscrever algum PPR, se informe com um dos nossos consultores para esclarecer todas as dúvidas e analisar todos os aspetos deste investimento.

Perante a questão do risco e de existirem vários tipos de PRR surge uma nova questão: Como escolher um Plano de Poupança e Reforma?

Deixamos de seguida algumas recomendações genéricas que poderá seguir para escolher o melhor PPR possível para o seu caso concreto.

Assuma algum risco

Como referimos anteriormente, faz todo o sentido que quem investe para prazos mais alargados que o faça assumindo algum risco. Não se esqueça que tem tempo de sobra para corrigir eventuais quedas de mercado.

Esclareça as suas dúvidas

Tem de conhecer as várias características, riscos, custos e potencialidades do produto que pretende comprar. Se tem dúvidas pergunte e informe-se. Nunca compre um produto que não conhece.

Não pague comissões de subscrição

Várias entidades insistem em cobrar comissões de subscrição nestes produtos. Nos dias que correm não faz qualquer sentido pagar estas comissões, assumindo ainda que há instituições que não as cobram.

Reforce o seu PPR

Faça dos reforços periódicos um hábito ou um automatismo. Com isto irá reduzir o risco que corre na subscrição, pois assim garante que não compra apenas quando o produto está em alta.

Diversifique

Pode sempre diversificar os seus riscos optando por comprar outros produtos em simultâneo, como sendo os certificados de aforro ou outros fundos de investimento (por favor não subscreva Depósitos a Prazo pois não valem a pena). Por que não também o investimento imobiliário? Crie diferentes fontes de rendimento para diversificar riscos e aumentar o retorno.

Veja aqui as principais diferenças entre os Planos de Poupança e Reforma.

Tenho Benefícios Fiscais?

Penha em atenção que existem dois tipos de benefícios fiscais. Os benefícios fiscais à entrada, que consistem na possibilidade de deduzir à coleta uma parte do valor entregue (tem vindo a mudar todos os anos, e não se aplica aos emigrantes e residentes no estrangeiro).

No caso dos emigrantes e residentes no estrangeiro os benefícios mais importantes e que se aplicam são os benefícios fiscais à saída. Estes benefícios consistem em taxas de imposto mais interessantes sobre as mais-valias com as seguintes taxas (nos casos acima referidos é aplicada a taxa de 8%):

  • 21,5% – Se resgate até 5 anos;
  • 17,2% – Se resgate ocorrer entre 5 e 8 anos;
  • 8% Se resgate ocorrer após 8 anos.

Nos depósitos a prazo o imposto sobre os juros é atualmente de 28% e é pago todos os anos. Nos PPR o imposto só se paga à saída e a taxa é decrescente. Ou seja, até aos 5 anos baixa para 21,5%, após os 5 anos baixa para 17,2% e após os 8 anos baixa para 8%. São 20% a menos que nos depósitos a prazo.

Como podemos constatar, mesmo movimentando estes produtos fora das condições previstas na lei, a taxa de imposto é sempre mais baixa do que a taxa aplicada aos restantes produtos de poupança (depósitos a prazo, seguros de capitalização ou outros).

Já reparou no impacto de uma diferença de 20% de imposto num horizonte de 10 anos? E num horizonte de 30?

Já tenho um Plano de Poupança e Reforma em Processo

Tem um PPR e não está satisfeito coma sua gestão ou rentabilidade? Saiba que não tem que ficar preso, pois é possível transferir o seu Plano de Poupança e Reforma para outra entidade. No Balcão tem um consultor que se ocupará de encontrar uma solução adequada ao seu caso.

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