Vive em França e não tem um seguro, seja ele automóvel, de saúde ou de vida?
Um dos maiores desafios do setor de seguros em França é o facto deste ser desconhecido ou ter muitas componentes desconhecidas pela parte da comunidade emigrante no país.
Mesmo quando nos referimos a profissionais de seguros, que deveriam conhecer profundamente o assunto para poder julgá-lo corretamente, nem sempre o fazem. Um dos exemplos desta falta de familiaridade com a área é ser determinado que a seguradora deposita o prémio e não a indemnização.
Passamos a explicar. Quem tem que pagar o prémio é o segurado. Já a seguradora paga a indemnização, que é a quantia que o segurado tem direito a receber como contrapartida pelos danos sofridos e cobertos pelo seguro.
Mas o quadro é mais grave. Em função das desigualdades sociais que afetam o país, milhões de portugueses, que se deparam com as várias adversidades num país estrangeiro, têm dificuldades em entender todo o processo que envolve contratar um seguro e, talvez por essa razão, não o definem como uma das suas prioridades.
O que é o contrato de seguro?
O contrato de seguro, por mais simples que possa parecer, envolve conceitos complexos, como danos, prejuízos, culpa, força maior e ainda, toda a informação legal por parte da seguradora, no caso de ter um situação menos agradável, de receber uma indemnização.
Os produtos oferecidos continuam muito pouco conhecidos, desde sua finalidade básica até sua atuação, o que dificulta a relação entre uma seguradora e segurado, e gera problemas que uma melhor compreensão do produto e de sua finalidade poderiam evitar.
Neste sentido, é importante ter o apoio de profissionais experientes na área seguradora. O tema deve ser abordado de forma clara, objetiva e simples, demonstrando uma situação real do que está a ser contratado, qual a sua finalidade e como funciona.
Para que possa avançar deve ter a percepção clara dos seguintes pontos:
- Condições base do seguro;
- o que é mutualismo;
- como é calculado o prémio;
- Compreensão do jargão técnico e informação legal;
- quais as particularidades de cada seguro;
- entender as diferenças entre os diversos tipos de apólices.
Esta área nem sempre é vista com os “melhores olhos”, por parte dos seus clientes. Isto pode dever-se a dois fatores, por um lado os segurados que vêem os seguros como um custo e não como uma mais valia em caso de algo correr mal; por outro a falta de capacidade dos profissionais da área serem transparentes em relação aos produtos disponibilizados. O nosso objetivo é fazer perceber a utilidade e importância destes produtos e desmistificar esta desconfiança para com a área.