Não só em Portugal, mas a nível europeu e mesmo mundial vivemos tempos de incerteza, com ameaças à vida quotidiana presente e futura.
Não só em Portugal, mas a nível europeu e mesmo mundial vivemos tempos de incerteza, com ameaças à vida quotidiana presente e futura.
Embora as grandes decisões a nível nacional e global estejam nas mãos de gere os destinos dos diferentes países, será mesmo na soma de todas as “pequenas” decisões de cada um de nós, agentes económicos e consumidores, que residirá a solução de grande parte dos problemas que nos afligem.
Tudo o que nos tem assolado nos últimos anos, com a pandemia, culminando este ano com a guerra, dificuldades de abastecimento de bens em geral, alimentos em particular, catástrofes naturais gradualmente mais graves de frequentes como consequência das alterações climáticas, inflação com consequente degradação do poder de compra … tudo isso deve-nos alertar para a necessidade urgente de “mudar” de estilo de vida. Temos de perceber que a forma como temos vivido até aqui, como consumimos, como gerimos e aplicamos o nosso dinheiro, como nos deslocamos, até como comemos, toda essa forma de estar perante a vida que tem guiado os nossos comportamentos até aqui está em causa e tornar-se-á gradualmente insustentável.
O presente e futuro reservam-nos a obrigatoriedade de uma atitude responsável, na forma como reagimos às dificuldades presentes e futuras, fazendo com que este momento difícil seja catalisador de boas práticas que redundem numa melhor qualidade de vida a nível financeiro, e em geral, no futuro.
Deixamos aqui algumas dicas:
Defender-me dos efeitos da crise, preparando o futuro
Tal como tivemos oportunidade de referir em artigos anteriores, no que diz respeito à inflação alta, que nos afeta, considerando que os preços dos diferentes bens e serviços não sobem todos na mesma proporção, uma forma de minimizarmos o efeito da inflação é reorganizar a maneira como fazemos a escolha do que consumimos, privilegiando o consumo do que é essencial, e dentro do possível, escolhendo produtos e serviços com menor impacto nos preços.
Podemos também estar atentos aos efeitos indiretos da inflação, como o impacto nas prestações de crédito devido ao aumento das taxas de juro, antecipando esse efeito pela renegociação dos contratos junto do nosso banco ou mesmo transferindo esses créditos para outros bancos que ofereçam condições mais favoráveis.
Constituição e reforço de poupança
Em termos de preparação para uma vida melhor no futuro, esta é a medida de reação às dificuldades atuais causadas pela inflação com maior impacto na nossa qualidade de vida financeira de amanhã.
Essa constituição de poupança, neste momento é essencial, pode ter origem no aproveitamento de fundos resultantes de redução de consumo supérfluo ou transferindo reservas que possamos ter à ordem, uma vez que este tipo de depósitos não remunera, e portanto todo o dinheiro que tenhamos em depósitos à ordem está a depreciar mais rapidamente nesses períodos de inflação elevada.
Desta forma estaremos a resolver simultaneamente duas situações, a defesa contra a perda de valor do dinheiro provocada pela inflação e a preparação de melhor saúde financeira no futuro.
Finalmente, é de reforçar que o conselho é fundamental, nestes momentos de maior incerteza, pode ser sempre importante equacionarmos a consulta a um especialista para melhor orientação.
Desejamos umas excelentes decisões para estes tempos!